Conte suas bênçãos
I Tessalonicenses 5.18
Em tudo daí graças, porque esta é a
vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
É fácil fazer uma lista de queixas: o dinheiro é pouco, as férias nunca
chegam, a casa está desarrumada e o trânsito é insuportável...
Mas nem tudo é ruim. Deus te deu muitas bênçãos também: Jesus te ama,
Deus cuida de você, e se já aceitou Jesus no coração, você é salvo e vai para o
céu!
Deus pode transformar até as coisas ruins em bênçãos! É bom fazer uma
lista lembrando-se das coisas boas. Será que esta semana você já agradeceu a
Deus?
Uma história real
Não havia no povoado pior emprego do que 'porteiro da zona'.
Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem?
O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra
atividade ou ofício.
Um dia, entrou como gerente do puteiro um jovem cheio de ideias, criativo e
empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento.
Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções.
Ao porteiro disse:
- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um
relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus
comentários e reclamações sobre os serviços.
- Eu adoraria fazer isso, senhor, balbuciou - Mas eu não sei ler nem escrever.
- Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.
- Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida
inteira, não sei fazer outra coisa.
- Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor. Vamos dar-lhe uma
boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que
tenha sorte.
Dito isso, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo
desmoronasse. Que fazer?
Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a
arrumava, com cuidado e carinho.
Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego.
Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado.
Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas
completa.
Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma
mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra. E assim fez.
No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:
- Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar, já que...
- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.
- Se é assim, está bem.
Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:
- Olha eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?
- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens
mais próxima está a dois dias de viagem, de mula.
- Façamos um trato - disse o vizinho.
Eu pagarei os dias de ida e volta, mais o preço do martelo, já que você está
sem trabalho no momento. Que lhe parece?
Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias. Aceitou.
Voltou a montar na sua mula e viajou.
No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.
- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo.
Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de
viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para eu,, pois não
disponho de tempo para viajar para fazer compras.
Que lhe parece?
O ex - porteiro abriu sua caixa de
ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e
uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que
escutara: 'não disponho de tempo para viajar para fazer compras'.
Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para
trazer as ferramentas.
Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro, trazendo mais
ferramentas do que as que já haviam vendido.
De fato, poderia economizar algum tempo em viagens.
A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo
economizar a viagem, faziam encomendas.
Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que
precisavam seus clientes.
Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses
depois, comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na
primeira loja de ferragens do povoado. Todos estavam contentes e
compravam dele.
Já não viajava os fabricantes lhe enviavam os pedidos. Ele era um bom cliente.
Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de
ferragens, a ter de gastar dias em viagens.
Um dia ele se lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que
este poderia fabricar as cabeças dos martelos.
E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc.
E após foram os pregos e os parafusos... Em poucos anos, ele se transformou,
com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas.
Um dia decidiu doar uma escola ao povoado.
Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício.
No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o
abraçou e disse:
- É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de
colocar a sua assinatura na primeira página do livro de atas desta nova escola.
- A honra seria minha, disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer,
assinar o livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.
- O Senhor? disse incrédulo o prefeito. O senhor construiu um império
industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado. Eu pergunto:
- O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?
- Isso eu posso responder, disse o homem com toda a calma: - Se eu soubesse ler
e escrever... Ainda seria o PORTEIRO DO PUTEIRO.
Essa história é verídica, e refere-se a um grande industrial chamado... Valentin
Tramontina, fundador das Indústrias Tramontina, que hoje tem 10 fábricas, 5.500
empregados, produz 24milhões de unidades variadas por mês e exporta com marca
própria para mais de 120 países – é a única empresa genuinamente brasileira
nessa condição. A cidadezinha citada é Carlos Barbosa, e fica no interior do
Rio Grande do Sul.